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O que é Cultura do Reino? (Série Cultura do Reino – 01)

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Série Cultura do Reino

01 – O que é Cultura do Reino?

Nesta série de artigos, exploraremos as características da Cultura do Reino, baseados nos ensinamentos de Cristo. Nós nos esforçaremos para definir esta cultura, mantendo-nos fiel aos valores cristãos e evitando influências externas. Se você está procurando compreender melhor o que significa viver conforme o Reino, como Cristo nos ensinou a viver neste reino e o que Ele espera de nós na Terra, você encontrará as respostas ao longo desta série.

Ao adotarmos os ensinamentos de Cristo como base fundamental, nosso foco principal será os evangelhos. Outros livros do Novo Testamento serão considerados complementos para melhor compreender os ensinamentos. O Velho Testamento não será utilizado como base principal, mas sim como referência quando for mencionado por Cristo.

Neste primeiro artigo vamos nos concentrar na definição da expressão “Cultura do Reino”, e no decorrer da série abordaremos as demais características dele.

Antes de abordarmos o tema de hoje, vamos nos lembrar o que significa Cultura:

Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.

Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade.

Seria a herança social da humanidade ou ainda, de forma específica, uma determinada variante da herança social. Já em biologia a cultura é uma criação especial de organismos para fins determinados.

Extraído de: https://www.significados.com.br/cultura/

Cultura de que/qual reino?

Antes de prosseguirmos, é importante respondermos à pergunta: o que é o Reino de Jesus Cristo? Como cristãos, estamos falando do Reino do Filho, do projeto de Deus estabelecido para seu Filho que veio ao mundo e morreu na Cruz. Este é o Reino de Jesus Cristo, governado por Ele de acordo com seus ensinamentos.

Não devemos confundir este reino com o entendimento de outros líderes religiosos, como Davi, Salomão ou Moisés, que foram profetas e servos de Deus, mas ainda assim, sujeitos à imperfeição humana e suas interferências. Embora estas interferências tenham causado constrangimento e impacto na vida dos seguidores, elas não impediram os planos do Senhor. O Reino de Jesus Cristo é perfeito e vai além destes líderes, abrindo as portas dos céus para aqueles que antes não eram alcançados.

Como definir a Cultura do Reino?

A Cultura do Reino então pode ser definida como o conjunto de conhecimentos, artes, crenças, leis, moral e costumes ensinados por Cristo a seus seguidores exclusivamente através da Bíblia.

Diferente da cultura secular, onde qualquer item deste conjunto pode ser sobreposto, substituído por um novo com o passar dos anos e amadurecimento do povo, dentro da Cultura do Reino existem alguns conhecimentos, crenças, leis, moral, hábitos e costumes que são imutáveis. O que Jesus definiu como certo ou errado a mais de 2 mil anos continuará certo, ou errado hoje e sempre.

Por exemplo: A igreja acreditava que todos deveriam vender tudo e dividir entre si, pois a crença deles era que o Messias retornaria muito em breve, e com o passar dos anos abandonaram esta crença, pois começaram a entender que ele retornaria, mas talvez demorasse um pouco mais. Não dava para simplesmente abandonar seus empregos, ficando na total dispensação.

É importante entender que a Cultura do Reino tem valores e princípios inalteráveis, mas a interpretação e aplicação deles podem evoluir com o tempo e com o amadurecimento da igreja. O que é fundamental é sempre ter como base os ensinamentos de Cristo e buscar a compreensão correta dos mesmos. Assim, evitamos equívocos e garantimos que a igreja esteja sempre alinhada à vontade de Deus.

Devemos sempre questionar, avaliar e estudar se esta ou aquela crença eram fundamentos de Cristo.  Assumir o conselho dado ao jovem rico como fundamento, como uma Cultura do Reino é correto?

Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!
Gálatas 1:8-9

Ao dizer que um comportamento, uma sabedoria, um conhecimento ou arte faz parte da cultura do Reino, você deve ter em mente que a Bíblia é nossa única e exclusiva referência, nossa base, nosso alicerce. Seja lá o que for dito, se for contrário aos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos, este ensinamento deve ser rejeitado. Se houver um leve desvio de interpretação dos fundamentos ou acréscimo para agradar o entendimento humano, independente se o Fim é bom, sendo um equívoco, devemos combater.

O mais importante é que a cultura do Reino seja baseada na Palavra de Deus e que seus ensinamentos, valores e práticas sejam coerentes com os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. É necessário ter um cuidado rigoroso com o que é considerado parte da cultura do Reino, para não serem adicionados elementos que não correspondam com a Bíblia e com os ensinamentos de Cristo. A fidelidade à Bíblia é essencial para preservar a integridade da cultura do Reino e garantir que ela continue sendo uma referência clara e verdadeira para as gerações futuras.

Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está entre vocês”.
Lucas 17:20-21

Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia.
Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer”.
João 12:44-50

A Bíblia não pretende ser um manual técnico sobre música, pintura ou mecânica, se concentrando nas questões espirituais, morais ou que interferem/permeiam diretamente nestas duas, naquilo que interfere diretamente no relacionamento do Homem com Deus e dos homens entre si. Então a Bíblia não está preocupada em dizer se você usará uma luz fluorescente ou de LED, ou guitarra, ou violão, camiseta ou camisa, mas se concentra na pessoa que usa estes elementos.

Em alguns momentos a Bíblia nos mostra detalhes técnicos, como no exemplo da construção da Arca e do Tabernáculo, mas estamos falando de exceções, de questões que fugiam a compreensão daqueles que foram chamados, então Deus provê o entendimento necessário para tal obra. Ainda assim, vemos que não se preocupou em explicar o porquê de determinadas medidas ou escolhas de materiais, a função dos escolhidos ali era cumprir o que foi ordenado.

Usos e costumes da minha Igreja fazem parte da Cultura do Reino?

Se não estiverem em total acordo com o texto bíblico, afirmo categoricamente que não, podemos dizer apenas que fazem parte da cultura dos membros da sua comunidade, os quais são um acordo entre irmãos.

Não posso dizer que Jesus tem qualquer relação com os anos de ignorância da igreja, tão pouco com decisões como proibir mulheres de cortarem o cabelo, ou o proibir jovens de jogarem futebol, ou o assistir TV, ouvir rádio, e tantas outras proibições sem fundamento algum.

Por exemplo: não posso dizer que a doutrina em que se “deve tomar a Santa Ceia uma vez por mês” é bíblica, e principalmente dizer que “quem não tomar um mês ficará fraco espiritualmente”, ou “que deve-se fazer uma consagração pessoal para a Ceia” enquanto deveríamos estar separados e consagrados diariamente. O ser humano gosta de dias especiais, pessoas especiais, objetos especiais, na contramão do evangelho que não privilegia datas ou pessoas.

Parte do que chamam de Cultura do Reino é na realidade a soma de diversas culturas, entre elas uma parcela dos ensinamentos bíblicos de Cristo. Podemos dizer que algumas denominações são um frankenstein de influências, onde podemos observar a cultura Católico Portuguesa como uma das mais fortes, seguida da influência hebraica / Judaica, entre outras, sendo em alguns casos quase demoníacas.

Um artigo muito interessante que ajuda a corroborar com esta análise se chama: “A alma Católica dos Evangélicos no Brasil”, recomendo a leitura, basta procurar no Google (https://www.google.com.br/search?q=a+alma+catolica+dos+evangelicos+no+brasil).

Outra pesquisa interessante é sobre a judaização da igreja evangélica:
Judaização = Absorver a cultura deles (https://www.google.com.br/search?q=judaizacao+igrejas+evangelicas&oq=judaizacao+igrejas+evangelicas), que significa trazer costumes judaicos para os gentios.

Estas influências geram uma crise de identidade dentro da nossa igreja, levando pessoas a “adorarem” artefatos, retrocedendo ao Egito, semelhante ao povo de Israel após a saída do Egito, sendo comum a crença de que o copo de água, a toalha, o sal, a réplica da cruz ou da arca são milagrosos.

Por isso não é estranho ouvirmos pessoas construindo objetos para chamarem de seus, para chamarem de sagrado, verdadeiro amuletos mágicos, heranças destas culturas.

Precisamos entender melhor esta Cultura do Reino, para não cometermos os mesmos erros e possamos seguir a Cristo e tudo o que ele deixou, pois, esta herança é boa e agradável.

Quais conhecimentos, artes, crenças, leis, moral, hábitos e costumes foram ensinados por Cristo?

Esta é uma série, para não ficar uma leitura cansativa, vamos trabalhar este tema em vários artigos.

Vamos começar a abrir os principais ensinamentos de Cristo, que deixaram referências para sabermos como viver conforme o seu Reino aqui na terra.

Continua…

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